Setor imobiliário volta a aquecer em Pernambuco

O setor imobiliário de Pernambuco está respirando, crescendo e com perspectivas otimistas depois de oito anos sob impactos de diversas crises, como a política em 2015 e 2016, a dos distratos entre 2015 e 2018, e a pandemia em 2020. Algumas construtoras bateram recorde de vendas em 2023 num aquecimento iniciado, gradualmente, em 2021. “Esta retomada ocorre principalmente em dois mercados: o de baixa renda, mais econômico, e o de alto padrão”, resume o presidente da Ademi-PE, Rafael Simões. 

O mercado imobiliário que tem como cliente a população de baixa renda está aquecido principalmente para as construtoras que oferecem unidades que podem ser adquiridas no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) e também por demandas feitas pelos governos do Estado e prefeituras também voltadas para o mesmo público. Cerca de 80% das pessoas que não possuem uma moradia ganham até dois salários mínimos, o que mostra o grande potencial deste mercado.

“No ano passado, tivemos um recorde de vendas no Nordeste. Foram 9.927 vendas. Na região, cerca de 60% deste total foi do MCMV. Em  Pernambuco, chegou a 70%. Em ambos, foi o público dentro das faixas 1 e 2 do MCMV”, diz o diretor comercial da MRV, Alessandro Almeida. Na faixa 1 podem ser contemplados usuários com renda até R$ 2.640 e a faixa 2 inclui aqueles que têm renda familiar entre R$ 2.640,01 até R$ 4.400. A MRV não tinha imóvel dentro da faixa 3, quando a família deve apresentar uma renda familiar acima de R$ 4,4 mil indo até R$ 8 mil.

No ano passado, a MRV zerou, em Pernambuco, o estoque destinado as faixas 1 e 2 do MCMV. A empresa chegou a ter um Valor Geral de Venda (VGV) de R$ 200 milhões só em Pernambuco no ano passado. "O aumento do subsídio do MCMV foi um fator importante, porque aumentou o potencial de financiamento das famílias beneficiadas. Também houve um acréscimo no valor do imóvel contemplado pelo programa", conta Alessandro.


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